FILOSOFIA NA ESCURIDÃO
Vivemos em um mundo vazio, completamente carente das boas ações que pregamos
todos os dias, mas não há praticamos. Pregamos nossa religião, mas nos falta
fé, falamos da inveja, reparou como somos invejosos, pregamos fidelidade e vivemos
na falsidade, sorrimos por obrigação, somos amigos instantâneos, somos
mesquinhos, prepotentes, indelicados. Pregamos contra a maldade, mais na
primeira oportunidade, espetamos aqueles que nos contradizem, que não gostamos,
que brilha, mas do que nós; e ainda falamos que temos fé.
Somos
tão moralistas e desconhecemos o senso moral da humanidade, da verdade, do
coletivo, e da ação conjunta. Nos falta de tudo, tempo, paciência, bom senso,
felicidade, um encontro com o ?? eu mesmo? para sabermos quem somos, quais são
nossas estruturas, nossas possibilidades, nossa realidade, nos falta saber? quem
somos?.
Quem
sou? Em qual mundo vivo? Quais as pessoas com quem me relaciono?
Nos
falta simplicidade para responder estas e outras perguntas que o mundo não faz,
ninguém nos faz, e os nossos desejos impossibilitam nossa visão, aquela visão
que nos remete a um olhar profundo sobre todas as coisas, e principalmente
sobre o nosso egoísmo. A pior prisão está presente em nossos pensamentos. Pois
apropriamos os nossos pensamentos para estabelecer sucesso, sucessões; sem
mesmo manifestar uma autocrítica estrutural, racional; então funciona o
corporal como um touro bravo que sai de encontro à cerca, e cercado de ambições
paralisamos todo nosso desenvolvimento mental e nos tornamos prisioneiros de
nossa própria realidade.
Você
pode perceber que não existe ação conjunta, mesmo se indiretamente ela vier
acontecer pode ser por acaso, por que sempre existirá um que irá aparecer
sozinho, isso em qualquer lugar, pois por mais idéias, ideais e ideologias que
existirem a competição e o desequilíbrio racional estarão sempre presente, pois
o mundo prepara cidadãos para agir assim, e a vida sai de cena junto com a
família que não partilha, mas o café da manhã, que não dialoga, que não
participa, que perde a ternura e vai se casando com as ideologias do mundo,
selvagem, egoísta, preconceituoso, que não dialoga e só aponta erros,
discordância e impureza.
O
desejo de se sentir importante é uma das principais busca do ser humano, só que
buscam está forma de maneira completamente errônea, ou seja, isolando fatos e
precedentes que possam ameaçar o desejo de tal busca; ser importante errando
para muitos é melhor de que ser um simples passageiro que viaja no cumprimento
de suas ações, porém passa despercebido, mas dorme tranqüilo por não machucar e
nem eliminar ninguém.
Seja
sincero, você gosta de ser chamado atenção? Pois quando sentir que será, muitas
das vezes busca uma alternativa, e esta saída sempre ira repercutir em alguém,
seja, você ao errar busca apontar outros culpados, acertando; você se isola e
tem o prazer de saborear o bolo sozinho. Possuímos uma facilidade para fazer
criticas, mas por a mão na massa para consertar o que está errado é difícil, e
muita das vezes o próprio preparo espiritual e intelectual é de uma ausência
permanente.
O
mundo nos oferece, variadas possibilidades, uma delas é o direito de sonhar e
realizar sonhos. Podemos perceber que são diferentes atos de sonhar, que produz
um termo fantasiado em nossa mente e o termo realizar que aparece como aquilo
que realizei, ou que conquistei. Todo jovem produz imediatos pensamentos
voltados ao sonho e, se depara com, o que eu vou ser quando crescer?
E
produzem fantasias sem limites, que muitas das vezes denominamos como sonhos.
Porém, o que é o sonho? Aquele da padaria, aquele que parece esta tão perto, e
que é fácil conquistá-lo. Tire como exemplo a questão do vestibular, é sonho de
país ver um filho aprovado e seguindo uma carreira acadêmica, já é uma meia
certeza de que está se encaminhado para ser alguém de sucesso. Porém todo tipo
de teoria é tão longe da pratica. Será que Piaget viveu na favela, obteve
conhecimento real, sobre o que é uma infância pobre? E Rousseau, estaria certo
em dizer que, ??o homem nasce puro e a sociedade o corrompe? Tais questões nos
fazem perceber que somos grandes teóricos, e carente de práticas. O que é o
oprimido? Por que existe a depressão? Será que capitalizaram a fé?
Sonho que se
sonha junto é realidade?
Pense nisso...
Professor,
Péricles gomes da Silva, professor do Curso Cisne Branco e Centro
educacional Betel.